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Como já tem sido comentado com muita freqüência, em 2003 tinha início um novo tipo de governo. Aquele que fora por muito pouco tempo um operário, passando a líder sindicalista, “profissão” que exerceu por décadas, além de colaborar na fundação de um novo partido político, Lula assumia o cargo de presidente do país que saíra de um terrível período econômico e se livrara do mal inflacionário além de controlar bem as atividades governamentais. Isso tudo aconteceu com as eficientes decisões conhecidas por todos os que de alguma maneira se interessavam, e assim continuam, pelo andamento do país.
Sempre é bom lembrar que o partido vencedor fora criado com úteis propósitos, visando o fim da politicagem e da corrupção que, pouca ou até muita, sempre existiram.
Todos esperavam uma nova era, pois o governo que se findava, executou uma admirável política de transição entre a eleição e a posse, colocando com clareza tudo o que existia nos diversos setores.
Uma nova era que, com alternância de poderes, caracterizava
a real democracia.
O presidente inicialmente fez bem a sua parte que foi seguir fielmente os princípios
recebidos da administração anterior e, auxiliado pelo desenvolvimento
extraordinário da economia mundial – que não acontecia desde os anos 70 – tinha
tudo para fazer uma ótima administração
marcando época.
Mas algo aconteceu de ruim. Os princípios declarados do
partido não foram seguidos e a corrupção, que a maioria acreditava que teria
fim, na realidade foi estimulada, foi alimentada com a facilidade de
apropriação de dinheiro público e foi criada a atuação hoje conhecida como
mensalão. Foi graças à denúncia de um dos envolvidos (deputado depois
cassado) mais a imprensa livre, que o povo tomou conhecimento de tudo.
O presidente perdeu uma ótima oportunidade de se firmar como
extraordinário comandante e, pelo
contrário, colaborou e até participou (como hoje sabemos claramente) da
atividade corrupta. Usou toda sua
autoridade e prestígio popular para encobrir tudo e declarando que se tratava
de uma atividade bastante comum, também conhecida como Caixa 2 (atividade
criminosa como bem definiu uma ministra do STF).
Muito dinheiro correu nas altas esferas. Apoios foram
comercializados para fortalecimento do
partido principal e aliados. A
partir de 2006 tudo já era sabido. E por que nada foi feito para combater o
crime? A culpa de tudo cabe exatamente à oposição, que simplesmente se calou
diante do horrendo espetáculo. Não se sebe realmente o motivo.
Parece que também no PSDB houve algo parecido para favorecer
um político mineiro. Mas existiram também os componentes da parte boa.
Autoridades e imprensa não se calaram. O mensalão foi duramente criticado até
que algo finalmente foi feito.
Demorou muito sim, mas agora, 6 anos depois,
estamos assistindo a um julgamento sério, ou “quase sério” já que entre os
ministros do STF existem dois intimamente ligados ao partido comandante. Mas o que se nota é o progresso da seriedade,
mesmo levando em conta o comentário de Lula sobre o julgamento: “A condenação
dos réus Dirceu, Genoino e Delúbio não passa de
hipocrisia”. Imaginem se um ex presidente poderia assim classificar uma
decisão da mais alta corte judicial do país? No Brasil isso pode até acontecer.
Mas não deixa de ser uma grave ofensa aos ministros da mais alta corte.
O caso caminha para a reta final. Falam em recursos internacionais como se isso fosse possível e viável. O que o brasileiro decente espera é a condenação dos corruptos para que se inicie uma nova fase na política brasileira. Obrigado, senhores miniistros
O caso caminha para a reta final. Falam em recursos internacionais como se isso fosse possível e viável. O que o brasileiro decente espera é a condenação dos corruptos para que se inicie uma nova fase na política brasileira. Obrigado, senhores miniistros
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